Capítulo 16
1 - Os judeus não tinham o costume de embalsamar (como aparece em algumas versões) os corpos de seus mortos. Logo após as 18 horas, ao encerrar o Shabbãth (período do sábado judaico), as mulheres foram comprar especiarias para ungir o corpo de Jesus como mais um ato de devoção, amor e luto. Entretanto, não havia entre elas qualquer expectativa da ressurreição de Jesus.
2 Rolar aquele tipo de pedra em forma de disco para fechar a entrada do sepulcro era uma ação relativamente fácil. Todavia, depois que a grande pedra era encaixada no sulco cortado na rocha maciça, em frente da entrada, ficava muito difícil e pesado qualquer deslocamento, ainda que mínimo. [voltar ao texto]
3 - Os sepulcros dos nobres da época eram espaçosos. Dentro da grande entrada, na frente do sepulcro, havia uma antecâmara e, no fundo desta, uma abertura baixa e retangular que conduzia à câmara da sepultura. Mateus nos informa que um anjo, com a aparência de um jovem humano, estava postado junto ao túmulo vazio do Senhor (Mt 28.2-5). [voltar ao texto]
4 - Nos originais gregos o verbo está na voz passiva "foi ressuscitado", uma ênfase ao poder soberano de Deus Pai (At 3.15; Rm 4.24). O ponto alto da teologia de Marcos é a ressurreição de Jesus, sem a qual todo o trabalho e morte de Jesus teriam sido inúteis à salvação de todos que nele crêem. Por causa da ressurreição, Jesus é declarado Filho de Deus (Rm 1.4). [voltar ao texto]
5 - Como já havia revelado, Jesus rumou para a Galiléia, com o propósito de manifestar-se o mais breve possível a muitos dos Seus discípulos (14.28; Mt 28.9,16; 1Co 15.6). Jesus sabia que, apesar dos erros, Pedro o amava com sinceridade. E, por isso, estava desanimado e necessitado de uma cura interior que somente o Senhor, com seu amor e perdão, poderia realizar (Jo 21.15-19). [voltar ao texto]
6 - Jesus apareceu em primeiro lugar a Maria Madalena que, juntamente com outras discípulas, foi demonstrar sua devoção e consagrá-lo a Deus, conforme os rituais fúnebres judaicos, logo ao romper da manhã do domingo (Jo 20.11-18). Depois Jesus apareceu às demais mulheres que o seguiam (Mt 28.8-10); em seguida a Pedro (Lc 24.34; 1Co 15.5); aos dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-32); aos discípulos reunidos, mas sem Tomé (Lc 24.36-43; Jo 20.19-25); no domingo seguinte, com a presença de Tomé (Jo 20.26-31); a sete discípulos, no mar da Galiléia (Jo 21); aos apóstolos e a mais de 500 seguidores (Mt 28.16-20; 1Co 15.6); a Tiago, irmão de Jesus (1Co 15.7); e antes da ascensão aos céus, a um grupo de seguidores e discípulos (Lc 24.44-53; At 1.3-12). [voltar ao texto]
7 - Jesus assumiu a forma humana de um simples peregrino da época, mas o conteúdo de suas palavras foi revelando Sua pessoa e reanimando Seus desconsolados discípulos, no caminho de Emaús (Lc 24.16). Também a Maria Madalena, sua discípula, surgiu como um humilde jardineiro, mas, ao falar, revelou-se o Cristo amado e poderoso (Jo 20.11-18). [voltar ao texto]
8 - Novas línguas e outros sinais chegaram para marcar uma nova época histórica. O tempo da Igreja de Cristo e a nova vida dos salvos (2Co 5.17). [voltar ao texto]
9 - Jesus volta, na forma do Espírito Santo, para habitar com poder no corpo dos seus discípulos e apóstolos. E realiza muitas maravilhas por meio deles ao estabelecer Sua Igreja em muitas partes do mundo, até os confins da terra (At 1.8; At 2.42-43; At 28.3-6). [voltar ao texto]
10 - Como afirmou Calvino: "Assentar-se à direita do Pai, não se refere à posição do corpo físico de Jesus em algum lugar específico do céu, mas sim à sua posição de majestade e poder como Imperador do Universo ao lado de Deus-Pai", em conformidade com o Sl 110.1 e a palavra profética de Jesus Cristo em Mc 14.62. [voltar ao texto]